Lince Ibérico

Lynx Pardinus


Identificação

Felídeo de pelagem castanho-amarelada com pintas negras e cauda curta com a ponta preta. Uma característica muito particular é o facto das orelhas possuírem nas extremidades pêlos rígidos em forma de pincel. Outra característica, muito conhecida nestes felídeos, é o facto de possuírem longas patilhas que crescem progressivamente ao longo do tempo.

Os seus membros são robustos, sendo os posteriores mais longos, o que lhe confere grande capacidade de impulsão, enquanto que os anteriores são mais curtos e fortes sendo por isso utilizados na captura das presas.

Ecologia

Carnívoro maioritariamente crepuscular e nocturno.
Tem como habitats preferenciais os bosques e matagais mediterrânicos onde procura abrigo, utilizando também zonas mais abertas que lhe permitem capturar a sua principal presa.

Alimentação

Alimenta-se quase exclusivamente de coelhos-bravos, no entanto, a sua dieta pode ser complementada com roedores, aves e crias de cervídeos.

Reprodução

Os acasalamentos ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar.


Factores de Ameaça

O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN.

A regressão desta espécie em Portugal iniciou-se sobretudo aquando da "campanha do trigo" nos anos 30-40, altura em que o seu habitat foi consideravelmente reduzido. Mais tarde, a mixomatose e a febre hemorrágica viral foram responsáveis por uma acentuada regressão das populações de coelho-bravo, principal presa da sua dieta.


Outro dos grandes desequilíbrios induzidos pelo homem foi a destruição de áreas naturais para plantação de espécies florestais mais rentáveis economicamente como é o caso dos pinheiros e dos eucaliptos. Desde então, as populações desta espécie nunca mais voltaram a recuperar e nos anos 80 temia-se já que apenas existissem 50 indivíduos em território nacional.

Apenas nos finais da década de 90 foi assumida a preocupação nacional com a espécie e foi promovida uma avaliação da situação populacional do lince (Programa Liberne – Instituto de Conservação da Natureza). Os resultados dessa avaliação vieram confirmar o declínio generalizado da espécie.


Aliados a todos estes factores, também a caça furtiva, o controlo desregrado de predadores que se verifica em várias áreas de caça dos diversos regimes cinegéticos, com recurso a armadilhas não selectivas, bem como a morte por atropelamento, se conjugam para conduzir o lince-ibérico à beira da extinção.

in " http://carnivora.fc.ul.pt/lince.htm
Comentários
"Muito bonito, aliaz o parque de campismo mais bonito onde estive até hoje. Apesar de estar frio e não poder desfrutar de uns mergulhos no rio vou voltar de certeza."
Rui Carmo
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