Orvalhinha

Drosera rotundifolia

Identificação

Pequena planta vivaz com folhas basais em forma de roseta, providas de pêlos com células glandulares na página superior e marginalmente. Caules floríferos erectos até 20 cm. Flores pequenas com cerca de 5 mm de diâmetro, brancas e reunidas em inflorescências. Fruto capsular ovóide com numerosas sementes aladas.

Planta carnívora de hábitos insectívoros que cresce em substratos pobres em nutrientes, necessitando de fontes suplementares destes, em virtude de se tratar de uma planta pouco competitiva. As células glandulares segregam gotas brilhantes de um líquido pegajoso com odor a mel que atrai e prende os insectos. Desencadeia-se então um estímulo químico que faz com que os pêlos se dobrem em direcção ao centro da folha, aprisionando a presa.

De seguida, entram em acção glândulas digestivas que produzem secreções que irão iniciar a dissolução e digestão das substâncias corporais da presa. Outros pêlos absorvem os compostos azotados resultantes da digestão. Apresenta, também, hábitos fotossintéticos.

Habita turfeiras de esfagnos (Sphagnum sp), prados inundados e turfosos de montanha, preferencialmente, em solos ácidos e pobres em nutrientes.

Em Portugal, encontra-se na lista preliminar para o Livro Vermelho das Plantas Vasculares. A destruição das turfeiras quer seja através da poluição, fogos, drenagem para plantações de resinosas quer para exploração da turfa, constitui um factor que pode fazer perigar a sua conservação.

Localização

Ocorre espontaneamente em quase todo o hemisfério setentrional (Europa, Ásia e América), exceptuando o extremo meridional da Europa.

Exploração Económica

As folhas desta planta evoluíram no sentido de se transformarem em autênticas armadilhas especializadas para a captura de insectos, habilitando-as a proliferar em habitats extremamente pobres em nutrientes. Quanto menos as turfeiras são influenciadas pela água corrente mais competitiva se torna a orvalhinha.